“A solidão é fera / A solidão devora, é amiga das horas, prima, irmã do tempo / E faz nossos relógios caminharem lentos, causando descompasso no meu coração” (Alceu Valença – Solidão).
Era pra ser inicialmente uma trilogia; a primeira, relatou meus amores marginais (entendam-se aí meus casos com três prostitutas); o segundo, relatou meus “amores normais”, e a maldição dos meus relacionamentos só durarem seis meses; por fim, o ultimo relatou o meu primeiro grande amor, a Adenice. Assim surgiu o Confissões de Um Solitário.
Os “três primeiros episódios”, só Júlio Melo leu, mais os seguintes tomaram um corpo interessante. Ontem à noite, eu e mais alguns amigos de Facul fomos a uma Casa de Caldos, e conversamos sobre os relacionamentos.
A conversa inicialmente ficou circunscrita à saga Confissões e como as pessoas que lêem de certa forma se identificam com o escrito, mas logo tomou um rumo interessantíssimo. De repente, cá discutíamos a fragilidade das relações humanas, e constatamos o quanto o Ser Humano anda solitário.
É bem verdade que hoje somos “livres”. Podemos pensar, fazer, agir, da forma como queremos, sem censuras aparentes ou restrições do tipo, todavia, essa liberdade é ilusória e nos acorrenta a uma realidade dantesca e cruel que é a solidão. Falo por mim... Apesar de não ser um tipo de homem que se enquadre nos padrões estéticos exigidos (definitivamente não dá pra desfilar comigo, fazendo bossa pras amigas), como diz Claudinho e Bochecha, “controlo o calendário sem utilizar as mãos”, ou seja, tenho cá meus “esqueminhas” que não me deixam matar cachorro a grito.
Antigamente, namorava-se pra depois transar, mas hoje me dia, essa ordem se inverteu. Como sempre digo a amigos, a melhor forma de conquistar nos dias atuais é dá show na cama! Fazer e acontecer sexualmente, pois dar-se motivo para uma aproximação amorosa. Não sei se sou um romântico inveterado que sonha com a princesa encantada ou um pessimista de plantão, mas as relações hoje em dia são baseadas a priori em sexo. Na maioria das vezes, primeiro se fode pra depois namorar. Mas a questão é bem mais complicada, pois há uma pergunta ser respondida: Terei tempo pra namoro? Sendo que tenho prioritariamente na frente trabalho, graduação (pós, mestrado ou doutorado), filho (a) – se tiver – mãe, pai, avós, papagaio, periquito, amigos... É... O tempo que cada vez mais anda escasso!
Sexo é prático, dá sempre pra encaixar um tempinho na agenda pra dar umazinha... Sempre há alguém disponível no mercado. Fora que, as pessoas estão cada vez mais fechadas em seus mundinhos cor-de-rosa, voltadas pros seus umbigos, egoístas ao extremo, e mais... Estamos cada vez mais seletivos, querendo pessoas que se enquadrem dentro de nossas preferências físicas, intelectuais e sociais, esquecendo que não se pode ter tudo! O resultado disso é um mar de solitários sem fim.
Tenho noites absolutamente interessantes sexualmente falando, mas chego em casa muitas vezes, me sentido mais só do que quando saí, abraçando o travesseiro e chorando feito bebê, com uma solidão desgraçada.
Queremos mais que sexo; carinho, atenção, ternura, afeto... Mas nós permitimos isso?
Dia desses mesmo, tava saindo com uma cidadã que até tava dando liga nosso trelelê, mas o trabalho e mestrado não deixavam a mesma ter tempo para um relacionamento mais amplo. Hoje há urgências, prioridades que elegemos como n.º 1, que azedam a possibilidade de um relacionamento amoroso sério, daí a dificuldade, além da desconfiança geral de que a pessoa está ali só pra se aproveitar da situação; sim, pois existi uma incredulidade nos sentimentos alheios... Um pé atrás que insiste em ser reticente, que aliada à falta de tempo e aos “padrões” que o indivíduo tem que ter, dificulta por completo qualquer coisa a mais que sexo.
Será que não seríamos bem mais felizes amorosamente se nos abríssemos verdadeiramente as possibilidades, sem muitas exigências ou por quês, sendo mais espontâneos, flexíveis e sinceros?
A concepção capitalista introduzida na mente do homo sapiens do século XXI deixou as pessoas pragmáticas e robotizadas, tirando aquilo que é indissociável à vida humana que é a interação natural.
Era pra ser inicialmente uma trilogia; a primeira, relatou meus amores marginais (entendam-se aí meus casos com três prostitutas); o segundo, relatou meus “amores normais”, e a maldição dos meus relacionamentos só durarem seis meses; por fim, o ultimo relatou o meu primeiro grande amor, a Adenice. Assim surgiu o Confissões de Um Solitário.
Os “três primeiros episódios”, só Júlio Melo leu, mais os seguintes tomaram um corpo interessante. Ontem à noite, eu e mais alguns amigos de Facul fomos a uma Casa de Caldos, e conversamos sobre os relacionamentos.
A conversa inicialmente ficou circunscrita à saga Confissões e como as pessoas que lêem de certa forma se identificam com o escrito, mas logo tomou um rumo interessantíssimo. De repente, cá discutíamos a fragilidade das relações humanas, e constatamos o quanto o Ser Humano anda solitário.
É bem verdade que hoje somos “livres”. Podemos pensar, fazer, agir, da forma como queremos, sem censuras aparentes ou restrições do tipo, todavia, essa liberdade é ilusória e nos acorrenta a uma realidade dantesca e cruel que é a solidão. Falo por mim... Apesar de não ser um tipo de homem que se enquadre nos padrões estéticos exigidos (definitivamente não dá pra desfilar comigo, fazendo bossa pras amigas), como diz Claudinho e Bochecha, “controlo o calendário sem utilizar as mãos”, ou seja, tenho cá meus “esqueminhas” que não me deixam matar cachorro a grito.
Antigamente, namorava-se pra depois transar, mas hoje me dia, essa ordem se inverteu. Como sempre digo a amigos, a melhor forma de conquistar nos dias atuais é dá show na cama! Fazer e acontecer sexualmente, pois dar-se motivo para uma aproximação amorosa. Não sei se sou um romântico inveterado que sonha com a princesa encantada ou um pessimista de plantão, mas as relações hoje em dia são baseadas a priori em sexo. Na maioria das vezes, primeiro se fode pra depois namorar. Mas a questão é bem mais complicada, pois há uma pergunta ser respondida: Terei tempo pra namoro? Sendo que tenho prioritariamente na frente trabalho, graduação (pós, mestrado ou doutorado), filho (a) – se tiver – mãe, pai, avós, papagaio, periquito, amigos... É... O tempo que cada vez mais anda escasso!
Sexo é prático, dá sempre pra encaixar um tempinho na agenda pra dar umazinha... Sempre há alguém disponível no mercado. Fora que, as pessoas estão cada vez mais fechadas em seus mundinhos cor-de-rosa, voltadas pros seus umbigos, egoístas ao extremo, e mais... Estamos cada vez mais seletivos, querendo pessoas que se enquadrem dentro de nossas preferências físicas, intelectuais e sociais, esquecendo que não se pode ter tudo! O resultado disso é um mar de solitários sem fim.
Tenho noites absolutamente interessantes sexualmente falando, mas chego em casa muitas vezes, me sentido mais só do que quando saí, abraçando o travesseiro e chorando feito bebê, com uma solidão desgraçada.
Queremos mais que sexo; carinho, atenção, ternura, afeto... Mas nós permitimos isso?
Dia desses mesmo, tava saindo com uma cidadã que até tava dando liga nosso trelelê, mas o trabalho e mestrado não deixavam a mesma ter tempo para um relacionamento mais amplo. Hoje há urgências, prioridades que elegemos como n.º 1, que azedam a possibilidade de um relacionamento amoroso sério, daí a dificuldade, além da desconfiança geral de que a pessoa está ali só pra se aproveitar da situação; sim, pois existi uma incredulidade nos sentimentos alheios... Um pé atrás que insiste em ser reticente, que aliada à falta de tempo e aos “padrões” que o indivíduo tem que ter, dificulta por completo qualquer coisa a mais que sexo.
Será que não seríamos bem mais felizes amorosamente se nos abríssemos verdadeiramente as possibilidades, sem muitas exigências ou por quês, sendo mais espontâneos, flexíveis e sinceros?
A concepção capitalista introduzida na mente do homo sapiens do século XXI deixou as pessoas pragmáticas e robotizadas, tirando aquilo que é indissociável à vida humana que é a interação natural.
Somos homens de latas em busca de um coração, de um ideário perdido em alguma esquina da vida e que percebemos que nos faz uma falta danada.
NO VÍDEO: Solidão – Alceu Valença.
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