Nós temos um plano de longuíssimo prazo. E pouco tempo para realizá-lo.
O nosso plano é começar a coletar e organizar todos os registros dos nossos pequerruchos desde o começo na nossa vida até daqui a 20 anos. Fotos, filmes, músicas, vozes, momentos. Queremos gravar pérolas como “... passarinhos tão lindos que pareciam banhados em néon azul...”, “... com papel? – sobre jogar o sorvete no lixo”, “manhê, você não compra o meu silêncio! – sobre tentar fazer menino calar a boca com suborno de R$ 2,00”, “...ah, então vieram muitos papagaios no aniversário dele? – sobre o papagaio ser oito vezes o ‘aniversário’ dela” e outras. Coisinha que se não registradas com a frescura do tempo de agora, podem ser esquecidas.
Quando digo que o tempo é pouco me refiro à rapidez louca que o tempo tem quando vem pra nos fazer crescer... Ainda bem que os dias bons tem sido loooooongos... Nunca são seis da tarde e o domingo à noite custa a acontecer.
O prazo longo, 20 anos, pode acontecer em dez, quinze, quatorze ou dezoito anos. Todo dia a gente muda de idéia. Sempre por um bom motivo. Mas é por aí.
O nosso projeto Colcha de Retalhos é a coisa mais bela que uma mãe pode fazer para seu filho. E será mais belo e lindo porque será sobre o filho, a filha... E porque será uma surpresa, guardada a sete chaves por muitos anos. Vinte, talvez.
Se o tempo quiser acontecer antes ou depois, não tem problema. De qualquer forme será daqui a um milhão de anos, quando piscarmos os olhos.
Passaremos um longo dia preparando tudo. Da comidinha favorita deles aos arranjos de flores. Cuidaremos do nosso jardim de inverno, limparemos a lareira, arrumaremos os quartos do nosso sitiozinho. E choraremos muito. E gargalhadas também. Ai... Banheiro cheirosinho do jeito que ela gosta e colchão macio como ele gosta.
Eles chegarão (de repente já agraciados cada qual com seu par), com roupas de frio, cachecóis e luvas, nos seus carros, na mesma hora. Depois de aconchegados começaremos e desbordar a nossa Colcha.
E pra cada história tem uma música gingada, uma explicação, um link com outra coisa. E vamos ouvir: “Mãe, vocês planejaram isso por quanto tempo?”.
Depois de muitas lágrimas nos rostos de plena juventude dos pequenos moleques, muita comida gostosa, um único cobertor, lareira acesa, vinho em taças bonitas e um gostinho de “deu certo”, a gente pode repetir um dos bordões:
Eu peço a Deus pra ser feliz... E ele exagera!
Agradeço.
By Carolina Bahasi
16 de Agosto de 2008.
Domingo, 15:37 h.
O nosso plano é começar a coletar e organizar todos os registros dos nossos pequerruchos desde o começo na nossa vida até daqui a 20 anos. Fotos, filmes, músicas, vozes, momentos. Queremos gravar pérolas como “... passarinhos tão lindos que pareciam banhados em néon azul...”, “... com papel? – sobre jogar o sorvete no lixo”, “manhê, você não compra o meu silêncio! – sobre tentar fazer menino calar a boca com suborno de R$ 2,00”, “...ah, então vieram muitos papagaios no aniversário dele? – sobre o papagaio ser oito vezes o ‘aniversário’ dela” e outras. Coisinha que se não registradas com a frescura do tempo de agora, podem ser esquecidas.
Quando digo que o tempo é pouco me refiro à rapidez louca que o tempo tem quando vem pra nos fazer crescer... Ainda bem que os dias bons tem sido loooooongos... Nunca são seis da tarde e o domingo à noite custa a acontecer.
O prazo longo, 20 anos, pode acontecer em dez, quinze, quatorze ou dezoito anos. Todo dia a gente muda de idéia. Sempre por um bom motivo. Mas é por aí.
O nosso projeto Colcha de Retalhos é a coisa mais bela que uma mãe pode fazer para seu filho. E será mais belo e lindo porque será sobre o filho, a filha... E porque será uma surpresa, guardada a sete chaves por muitos anos. Vinte, talvez.
Se o tempo quiser acontecer antes ou depois, não tem problema. De qualquer forme será daqui a um milhão de anos, quando piscarmos os olhos.
Passaremos um longo dia preparando tudo. Da comidinha favorita deles aos arranjos de flores. Cuidaremos do nosso jardim de inverno, limparemos a lareira, arrumaremos os quartos do nosso sitiozinho. E choraremos muito. E gargalhadas também. Ai... Banheiro cheirosinho do jeito que ela gosta e colchão macio como ele gosta.
Eles chegarão (de repente já agraciados cada qual com seu par), com roupas de frio, cachecóis e luvas, nos seus carros, na mesma hora. Depois de aconchegados começaremos e desbordar a nossa Colcha.
E pra cada história tem uma música gingada, uma explicação, um link com outra coisa. E vamos ouvir: “Mãe, vocês planejaram isso por quanto tempo?”.
Depois de muitas lágrimas nos rostos de plena juventude dos pequenos moleques, muita comida gostosa, um único cobertor, lareira acesa, vinho em taças bonitas e um gostinho de “deu certo”, a gente pode repetir um dos bordões:
Eu peço a Deus pra ser feliz... E ele exagera!
Agradeço.
By Carolina Bahasi
16 de Agosto de 2008.
Domingo, 15:37 h.
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