O PESADELO

Posted by : DANIEL MORAES | 15 julho, 2008 | Published in

De repente acordou. Suado, foi tomar um banho e beber uma água; já não era a primeira vez que isso acontecia. Em noites tão quentes como era daquele verão, era difícil deitar naquela cama fria e sozinho. Em pensar que tantas vezes ali, mesmo se aqueceu com o corpo dela, em tantas noites de amor.

Mas tinha algo de diferente no ar. Enquanto tomava banho, lembrará das vezes que tomaram banhos juntos; quando suas mãos percorriam o corpo macio e cheiroso da bela morena cor de jambo. Pode sentir no tato, o arrepio dos pêlos dela... A boca que se mordia, denunciando a excitação; a respiração pesada, e as palavras loucas que rolavam enquanto se amavam.

Na cama, lembrou das vezes que contemplava a morena a dormir; o corpo nu, vencido e cansado por repousar. Lembrou que dedilhava-a feito violão, passeando os dedos entres os seios, barriga, umbigo, pescoço...

O que fazer para esquecer aquela mulher? Que fascínio provocava? Por quê raios, depois de quase um ano, a sua figura ainda persistia em sua cabeça? Perguntas, perguntas e mais perguntas por permear, a cabeça de um Ser angustiado, sofrendo baldes por um alguém que aquela altura já nem mais sabia que o mesmo existia.

Resolveu sair; se vestiu da melhor roupa, passou o melhor perfume, calçou o melhor sapato e foi parar na melhor Boate da cidade. Chegando lá, percebeu o tanto de mulheres bonitas a sua disposição, pensou: - quem sabe agora meu Deus!

Pediu um Campary. Observou uma linda loira de vestido vermelho na ponta do balcão do bar. Depois de uma breve conversa, percebeu a empatia que a cidadã sentiu por ele. Mais dois dedos de prosa e logo o beijo rolou. Pro motel foi um passo.

Ao chegarem, fechando a garagem do quarto, iniciasse o amasso. Suas mãos percorrem o corpo da linda loira. Com um rápido movimento, encosta a mulher no carro, deixa sua perna por cima de seu ombro, com a boca afasta a calcinha fio dental da gata, e começa a chupá-la. Sua língua percorre toda a extensão da buceta daquela que seria a mulher ideal para fazer esquecer aquela que tinha em seu coração.

Num movimento rápido, a loira toma o controle. Abre a porta do passageiro, fazendo o seu macho viril sentar; abre rapidamente o zíper da sua calça e engole todo aquele cacete já latejante; com movimentos rápidos, vai ensopando de desejo todo aquele mastro.

Não mais se controlando, a loira tira rapidamente o vestido, sutiã e calcinha, assim como a calça dele e senta em cima, de costa para ele. Começa bem sacaninha... Com movimentos leves, e apenas ouvindo os gemidos de prazer do garanhão.

Sem poder controlar seu pensamento, imagina que a mulher que está ali, sentada sobre si é a sua linda morena...

Não aquenta mais; pega a mulher pela cintura, coloca-a deitada no chão da garagem e parte para cima dela. Com raiva, enfia seu pau delirante na buceta que naquela hora está ensopada de de prazer; com movimentos rápidos, beija a boca da loira, e segue beijando e mordiscando o pescoço, até chegar nos seios para dar-lhes aquela chupada...

Vai gostoso, me fode! Pede a loira delirante.

Ouvindo as preces da gata, coloca-a de quatro. Inicia enfiando lentamente, passando as mãos em suas costas; os movimentos vão se intensificando, e o prazer chegando... A medida que o gozo aproximasse, visualiza que ali está a sua amada, até que não mais se agüenta e goza...

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

O gemido de prazer rompe o silêncio assim como o nome daquela que ama.

Na mesma hora em que isso acontece, percebe que está ali é um erro; se sente sujo por usar aquela mulher para satisfazer não somente o seu corpo, como também o seu coração. O corpo, que naquele instante está abandonado pela satisfação sexual, mas a alma...

Após o ato, meio constrangido por ter dito o nome da morena, e percebendo que não havia mais clima, volta para a boate. Até tenta continuar lá, mas não dá. Compra um litro de Campary e estaciona numa praça perto de onde estava. Após a quinta golada da bebida, começa a chorar. Percebe que a realidade dura e cruel bateu em sua porta, e não há como fugir; a sua amada não está mais com ele, e isso é um fato!

Louco, desvairado, entra no carro e aos pratos sai cortando a cidade em direção a ponte do rio da cidade. Sem se preocupar com o trânsito, vai a toda velocidade. Vê a ponte se aproximar e visualiza a bela morena.

Irá me pagar. Vou me matar e levarei comigo a paz de espírito dela, pois saberá que fiz isso por ela– pensou em voz auto, pisando até o final o acelerador.

Quanto mais a ponte se aproxima, como num filme, visualiza toda a sua vida ao lado da amada; todos os momentos felizes que viveram juntos... E o beijo... Enquanto o carro rompe a mureta de segurança da ponte, percebe que sua vida não mais tem sentido sem a mesma, e sente a água do rio bater sobre o carro e si, feito um lutador de boxe vencido, caindo frente à um gancho de direita....

Adeus, adeus, adeus...

Então ele acorda. Na cama, não no rio; foi apenas um pesadelo, aliás, mais um desde que a sua bela morena cor de jambo foi embora. A noite está quente; vira para o lado e vê que sua bela mulher não está ali. Vai ao banheiro tomar um banho e depois toma um copo d’água.

Volta para cama, abraça o travesseiro e começa a chorar. Está vivo e em casa, mas bem que o pesadelo poderia tornasse realidade, pois se sente morto por dentro, já que o seu verdadeiro e único amor não está mais com ele.

EXTRA:

Escrevi um poema junto com a Flávia Brito e ficou show de bola! Quem não leu, passa lá na Casa do Poeta e dá uma conferida que o texto está dez. Flávia meu bem, você é simplesmente demais!

Minha querida amiga / irmã Letícia postou lá no O Arroto. Gente, gente, gente... Como eu gosto do que ela escreve; é uma arrotadora nata. Passem lá e confiram vocês mesmos.

Também atualizei o Blues na Veia; tá rolando Rita Lee por lá.

NO VÍDEO: Los Hermanos – Adeus Você.



Por: Daniel Moraes.

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