Então tá, Quatro Mãos atadas, A PROPOSTA!
As minhas mãos, outro dia, estavam bem soltas... Lógico, estava bêbada! O meu mundo, aquele que é só meu, aquele que não tem portas nem janelas, fica sempre muito pertinho de qualquer realidade que prenda as minhas mãos... Pois naquele dia uma amiga me falou: “... a Carol é ótima, ela é personagem dela mesma! E o pior: ela se auto-interpreta!”
Existe, porem, outra personagem... Denomina-se Jazz-mim... Ela fugiu! Fugiu dela mesma... Mas ela vive emoções, e tenta de alguma maneira se interpretar, mas não tem o mesmo êxito! Ainda não aprendeu onde fica o Botão do entendimento!
O Botão, ora, é fácil... Basta fechar os olhos esticar as mãos para qualquer lado, e... Não vai achá-lo! Ele não existe... Às vezes, quando de mãos soltas, chego a pensar: “será que eu existo!?”, “Será que ela existe!?” Bom, ela.. Eu ate acho que sim, talvez ela tenha me inventado....
Criação de Deus, ou da imaginação fértil?
Existe isso!?
Pode ser... Imaginação eu tenho certeza...
Mas toda imaginação não é fértil?
Depende do ponto de vista da loucura...
Ah, mas então se for entrar nesse papo, o ponto ou o Botão deve ter neném (?). Se o losango do losango quadrado com caule mitocôndrio plasmático do meu eu exterior... Também depende!
OK. Trocamos de lugar porque ela, Flor da Terra dos Gigantes, não consegue fazer UMA COISA SÓ. Faz tudo muito “muito” e ao mesmo tempo!
Colocamos a musica no repet.
Fonte de inspiração... Jazz Cult. Humpf!
Às vezes fico imaginando... De onde sai tanto sentimento... E porque o Ser Humano gosta tanto de sofrer. Porque, na realidade, a gente gosta de sofrer. A gente até pede pra sofrer. Inconsciente, Ok. Câmbio, desligo. E tem outro jeito de aprender?
Ora, mas você não é GENTE! Você é Flor da Terra dos Gigantes... Como vou saber o que se passa no seu coração... Você tem coração?
Tenho! Quebradinho, viu? Mas tenho.
Eu Também!!!
Não é porque sou Flor da Terra dos Gigantes que deixo de ser uma Flor.
Na verdade eu sou um Jazz-mim entorpecente. Tempestade em forma de brisa. É a lua. Descobri! É a lua cheia que tá me deixando assim.
Posso?
Pode.
Ok. Então você confessa ser uma Flor? Então você – péraí, deixa eu falar - Então você confessa que não é GENTE, não? Mas você fala de coisas de GENTE... Sr. Juiz! Ela é culpada! Ela é Flor tentando dar uma de GENTE na terra das GENTES e fica falando só de Flor doida. Ela é culpada! E talvez não exista. Como?
Você me fez uma revelação... O que vai ser de mim agora? - (e ela diz que a revelação é uma Dúvida, meu Deus...) - Eu descobri que não tenho coração... Flor tem coração? O que sou?
Bom, Sr. Juiz, eu não sei mesmo... Eu estou aqui, atada a ela e... Não tenho condição de responder esta pergunta infame. E você? Sabe? Sabe onde deixamos as ataduras?
Minhas mãos eram soltas. Agora estão presas. As ataduras continuam aqui. Cada vez mais apertadas. E doem...
Mas aqui onde? Não vejo nada por aí. Vejo, sim, unhas vermelhas e uma Skol quente descendo goela abaixo.
São imaginárias. Ficção da nossa cabeça.
Flor tem cabeça?
O cigarro quebrou. E ela disse “nossa!”
Cabeça gigante, é?
Acende o cigarro...
Acho q perdi a conexão com a flor, Sr Juiz. Será q ela usa wireless?
Que isso?
Conexão sem fio... Pelas ondas do rádio... Aqui, na terra das GENTES, a gente costuma usar.
Achei! As ataduras.
Onde?
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos.
...
A música no repet...
Tã nã nã nã nã... Take Five... Jazz.
Não sou gente, sou Flor! Flor não tem mão, não tem cabeça, muito menos coração, por isso não estou atada, não sofro com as minhas verdades e muito menos meu coração dói.
Pronto. Resolvi todos os meus problemas. Mas cuidado... Tenho espinhos. E vou me proteger.
De você?
Da terra das GENTES.
GENTES como eu?
Se você me regar, não.
Síndrome do Pequeno Príncipe, que linda... Tá se achando Flor mesmo? Uma hora é capaz de se plantar na terra mesmo, hein?
Sr Juiz! Acabei de me “atar”, quer dizer, ater a um fato!
Veja bem... Logo acima ela confessou, de novo, que é a Flor Terrorista da Terra das Flores Gigantes!
E...
A hora das célebres: “Prendam-na!”, “Te prendo em nome da lei!” E não poderia faltar: “Siga aquele taxi!”.
Carolina Bahasi – Direto do mundo da imaginação
Jazz-mim à Flor da Pele – Direto da Terra das Flores Gigantes
23 de Maio de 2008-05-23 22:22 h
Lúcidas.
O que comentar depois de um post desses? Cem comentários!
Cento e trinta comentários!!!
Não é fácil a gente saber se interpretar... ou não.
Gente e estavam lúcidas!
Concordo com o´Júlio , difícil de interpretar ... parece uma daquelas conversas doidas de msn , meio filosóficas.
ótimo!
é sempre dificil lidar com nossa dupla personalidade! Requer uma alta interpretação nossa dagente mesmo!
huahuahuha
XD
Se o losango do losango quadrado com caule mitocôndrio plasmático do meu eu exterior... Também depende! [adorei]
foram, de fato, quatro mãos... não seria eu, mera carol, a escrever este fantástico texto dúbio... sozinha. não. devo créditos a minha comparsa Jazz-mim, amiga de velhos tempos.
E, sim, nenhum tipo de entorpecente na cuca... só o cigarro de palha apagando e acendendo toda hora...