O caso da menina Isabela Nardoni vem mexendo profundamente com a sociedade brasileira. Primeiro, pela brutalidade de sua morte. A menina de apenas cinco anos foi violentamente espancada e depois disso, foi jogada pela janela do apartamento. Segundo, por ser suspeitos do crime o seu pai e a madrasta. Uma pergunta? Que tipo de Ser Humano, seria capaz de jogar uma garota pela janela? E mais: Por quê?
Outro caso que também teve bastante repercussão foi o caso Richthofen. Suzane von Richthofen teria sido o cabeça de toda a ação criminosa que culminou no assassinato de seus pais Manfred Albert e Marísia von Richthofen. Que tipo de pessoa é, um ser que tem a capacidade de matar ou planejar o assassinato de um filho (a), pai, mãe, irmão (ã). Você pode afirmar com toda a certeza que não é capaz de matar uma pessoa, seja ela, parente, amigo, conhecido, enfim... Você pode dizer: Daniel, não sou capaz disto?
Vamos por parte, como faria o Jarck (falando em matar). Nós, quanto Seres passivos e sofredores da ação do tempo, somos submetidos a coisas que muitas vezes imaginamos que nunca poderiam acontecer. Podemos sair de casa para o trabalho, e no meio do caminho sofrer um acidente, por exemplo. Nos dois casos acima citados, acredito que possam ser classificados como fatores de psicopatia ou sociopatia. Não é normal atitude de Suzane, de família bem posicionada, sempre teve tudo àquilo que quis, enfim, não havia nada que justificasse (e nenhum ato de matar é justificável) a trama que envolveu os irmãos Cravinhos, que pensou em todos os detalhes, nada mesmo, para tal ação. Os mesmo no caso de garotinha. Uma criança, que mal sabia o que era viver...
Todos nós possuímos um lado sombrio, “uma animalidade” que numa situação extremada, pode assumir o controle de nós, fazendo a racionalidade, a moral, a ética e todos os outros preceitos ficarem em segundo plano, chegando a desencadear um ato desastroso. Bem, confesso (e não é o Confissões de Um Solitário) que já fui vítima dessa animalidade. Já quis matar uma pessoa, e nesse caso era o meu padrasto. A história é longa, mais o que dá pra dizer é que ele já estava num estágio avançado de câncer, fase terminal (isso era em 2003). No ultimo ano, a “diversão” dele era fazer com que a minha relação com a minha mãe ficasse ruim (o que quase aconteceu). Um dia, cheguei do trabalho em cima da hora pra ir pra escola, e peguei o carro. Encurtando a história, sair pra balada, e na volta para casa, uma moto surgiu do nada na minha frente (até hoje tento saber dá onde saiu), desviei, mas bati no poste de iluminação. Chegando em casa, a briga começou; depois de meia hora de bate boca, fui pro quarto, e lá disse a seguinte frase: “Se eu não tivesse desviado, poderia ter matado o cara ou mesmo morrido”. O meu padrasto responde: “pois deveria ter morrido!”. Minha gente, quando eu lembro disso me arrepio todo! Ao ouvir isso, saí do quarto e juro, com a mão fechada, disposto a ir pra porrada com o cara e mais, de matar ele! Sim, é isso que vocês leram! Eu senti uma raiva tão grande, uma força que jamais sentirá tomou conta de mim, não pensava mais nada que não fosse acertar as contas com ele... E foi Deus que me impediu de fazer merda! Ao sair do quarto, minha mãe estava ao lado dele e acho que foi isso que me impediu de fazer alguma coisa. A figura dela, chorando, me desarmou... A ira de bater se transformou em palavras, e joguei tudo que estava entalado há anos na lata! Se eu tivesse obedecido ao “meu propósito negro”, mesmo que ele reagisse, com a saúde debilitada, não me agüentaria e o pior iria acontecer! Ate hoje, quando eu lembro do ocorrido, do meu estado “animal”, do que eu estava com vontade de fazer, de chegar ao extremo, do ódio, enfim... Eu penso como eu tive a coragem, mesmo que momentânea de tirar a vida de alguém. Uma semana depois de isso eu sair de casa, pois a situação não era das melhores.
Volta e meia se vê na TV coisas do gênero. Casos de assassinato entre familiares, ou mesmo entre namorados, companheiros, amigos, enfim... Mortes por motivos passionais, onde quem matou alega não está em si. Sabemos que os Seres Humanos são forjados através de valores familiares, preceitos morais e éticos, próprios e de situações vividas... Normativas que carregamos por toda a vida.
A questão que lanço aqui é se você dentro de situações de extremidade máxima, seria capaz de segurar a “fera que existe dentro de si”. Poderia não chegar às vias de fato, por exemplo. E chegando, teria o pulso sobre si suficiente para na cometer um assassinato?
Que tipo de Ser Humano é você? Se conhece o suficiente? É Senhor (a) de Si para afirmar categoricamente que não mataria ninguém? Bem, afirmo aqui que jamais teria coragem de tirar a vida da minha mãe ou de um filho (a). Há um laço biológico, de amor e de dia-a-dia que me impediria totalmente de cometer tal ato.
Outro caso que também teve bastante repercussão foi o caso Richthofen. Suzane von Richthofen teria sido o cabeça de toda a ação criminosa que culminou no assassinato de seus pais Manfred Albert e Marísia von Richthofen. Que tipo de pessoa é, um ser que tem a capacidade de matar ou planejar o assassinato de um filho (a), pai, mãe, irmão (ã). Você pode afirmar com toda a certeza que não é capaz de matar uma pessoa, seja ela, parente, amigo, conhecido, enfim... Você pode dizer: Daniel, não sou capaz disto?
Vamos por parte, como faria o Jarck (falando em matar). Nós, quanto Seres passivos e sofredores da ação do tempo, somos submetidos a coisas que muitas vezes imaginamos que nunca poderiam acontecer. Podemos sair de casa para o trabalho, e no meio do caminho sofrer um acidente, por exemplo. Nos dois casos acima citados, acredito que possam ser classificados como fatores de psicopatia ou sociopatia. Não é normal atitude de Suzane, de família bem posicionada, sempre teve tudo àquilo que quis, enfim, não havia nada que justificasse (e nenhum ato de matar é justificável) a trama que envolveu os irmãos Cravinhos, que pensou em todos os detalhes, nada mesmo, para tal ação. Os mesmo no caso de garotinha. Uma criança, que mal sabia o que era viver...
Todos nós possuímos um lado sombrio, “uma animalidade” que numa situação extremada, pode assumir o controle de nós, fazendo a racionalidade, a moral, a ética e todos os outros preceitos ficarem em segundo plano, chegando a desencadear um ato desastroso. Bem, confesso (e não é o Confissões de Um Solitário) que já fui vítima dessa animalidade. Já quis matar uma pessoa, e nesse caso era o meu padrasto. A história é longa, mais o que dá pra dizer é que ele já estava num estágio avançado de câncer, fase terminal (isso era em 2003). No ultimo ano, a “diversão” dele era fazer com que a minha relação com a minha mãe ficasse ruim (o que quase aconteceu). Um dia, cheguei do trabalho em cima da hora pra ir pra escola, e peguei o carro. Encurtando a história, sair pra balada, e na volta para casa, uma moto surgiu do nada na minha frente (até hoje tento saber dá onde saiu), desviei, mas bati no poste de iluminação. Chegando em casa, a briga começou; depois de meia hora de bate boca, fui pro quarto, e lá disse a seguinte frase: “Se eu não tivesse desviado, poderia ter matado o cara ou mesmo morrido”. O meu padrasto responde: “pois deveria ter morrido!”. Minha gente, quando eu lembro disso me arrepio todo! Ao ouvir isso, saí do quarto e juro, com a mão fechada, disposto a ir pra porrada com o cara e mais, de matar ele! Sim, é isso que vocês leram! Eu senti uma raiva tão grande, uma força que jamais sentirá tomou conta de mim, não pensava mais nada que não fosse acertar as contas com ele... E foi Deus que me impediu de fazer merda! Ao sair do quarto, minha mãe estava ao lado dele e acho que foi isso que me impediu de fazer alguma coisa. A figura dela, chorando, me desarmou... A ira de bater se transformou em palavras, e joguei tudo que estava entalado há anos na lata! Se eu tivesse obedecido ao “meu propósito negro”, mesmo que ele reagisse, com a saúde debilitada, não me agüentaria e o pior iria acontecer! Ate hoje, quando eu lembro do ocorrido, do meu estado “animal”, do que eu estava com vontade de fazer, de chegar ao extremo, do ódio, enfim... Eu penso como eu tive a coragem, mesmo que momentânea de tirar a vida de alguém. Uma semana depois de isso eu sair de casa, pois a situação não era das melhores.
Volta e meia se vê na TV coisas do gênero. Casos de assassinato entre familiares, ou mesmo entre namorados, companheiros, amigos, enfim... Mortes por motivos passionais, onde quem matou alega não está em si. Sabemos que os Seres Humanos são forjados através de valores familiares, preceitos morais e éticos, próprios e de situações vividas... Normativas que carregamos por toda a vida.
A questão que lanço aqui é se você dentro de situações de extremidade máxima, seria capaz de segurar a “fera que existe dentro de si”. Poderia não chegar às vias de fato, por exemplo. E chegando, teria o pulso sobre si suficiente para na cometer um assassinato?
Que tipo de Ser Humano é você? Se conhece o suficiente? É Senhor (a) de Si para afirmar categoricamente que não mataria ninguém? Bem, afirmo aqui que jamais teria coragem de tirar a vida da minha mãe ou de um filho (a). Há um laço biológico, de amor e de dia-a-dia que me impediria totalmente de cometer tal ato.
Extra:
Desculpe-me a não postagem de sexta-feira. Desde desse dia, estive na gandanha, só parando em casa no domingo a tarde, e com uma bruta ressaca, fiz esse texto.
Até que fim a estrela freguesa ganhou uma... Também, o Flamengo não entrou em campo. Em todo o caso, já estamos na final mesmo!
Simone, recebi seus poemas e como todos os seus poemas, são lindos. Obrigado amiga, você é uma poetisa de mão cheia. Bjus!
gente, esse caso me pegou... já pensei em todas as hipóteses... mas sempre tem um porém...
só sei que lendo, a maneira como a amenina foi mota, dá vontade de chorar toda vez...
Por mais que o homem se diga racional, ele continua sendo parte do mundo animal. Atitudes extremas em situações extremas podem ser positivas ou negativas, dependendo do objetivo da ação - e é aí que entra o lado racional. Ter consciência dessa potencialidade e conseguir domá-la nos faz humanos. Do contrário, todas atitudes tomadas por grandes e terríveis assassinos estariam justificadas - todos consideravam estar em situaçòes extremas, sejam elas quais forem.
Mesmo assim, que atire a primeira pedra quem nunca perdeu a cabeça por uma besteira...rssss
ah, eu morro de pena, mas meu... a imprensa explora demais esses casos.
todos os dias milhares de crianças são mortas com requintes de crueldade, só que a imprensa vai e pega uma isabela aí pra cristo e todo mundo age como se ela fosse a única criança no mundo que morreu de modo cruel. foi a mesma coisa com o tal do joão hélio lá.
meu, deixa a menina morrer em paz, coitada.
odeio o sensacionalismo dessa tv brasileira. :/
Olá Daniel,
Tudo bem?
Vim dar uma olhadinha no seu blog. Pois é, temos a mesma cara nos nossos blogs. Gostei dos assuntos que vem abordando no seu blog. Vou continuar a lê-lo.
Obrigada pelos elogios do texto.
Abs,
Érika
Letícia Imantura: Esse caso tá muito complicado mesmo, mas parece que a polícia não tem mais dúvidas, o casal matou mesmo a menina. Agora vêm a pergunta que não quer calar: por quê?
Qurida Guru: Disse tudo! Cem comentários.
Lih: A mídia tá se fartando em cima desse caso mesmo. Quantas meninas (as), homens e mulheres não são mortos bárbaramente neste País né não? E a postura sensacionalista da mídia será tema dessa bodega ainda essa semana.
Érica: Seu blog é show de bola e vou linká-lo. Que bom que tenha gostado daqui, vc é bem vinda.
Oi Daniel. Muito interessante teu texto. A gente não pode dizer que nunca vai matar ninguém não. A gente não tem como prever nosso futuro e o que pode acontecer para nos levar a cometer uma coisa como essa. Podemos matar sim. Não digo que tenho instinto assassino. Não pretendo matar ninguém. Mas que atire a 1ª pedra quem naõ mataria o desgraçado que matou sua mãe, seu irmão, seu pai, seu melhor amigo ou como diz meu primo, o seu cachorro. Somos imprevisíveis. Outra coisa legal que tu falou foi sobre um dia estar aqui falando contigo e no outro não estar. Pensei sobre isso ontem de novo, quando lembrei que ao sair do trab esses dias olhei para o lado errado da rua e podia ter morrido se a mão de um ajo não pousasse sobre mim e ele dissesse: - Ainda NÃO É TUA HORA SUA MALA!
Ah, achei alguém que escreve textos mais longos que os meus.
Sinceramente?
Seria capaz sim.
O X é ter consciência o bastante para na agora parar.
E é difícil viu?!Muito...
Mas a gente tenta manter a sanidade .Ultimamente mais do que nunca.
Certa vez fiz um teste e o resultado foi que eu penso como uma assassina! ahuahauhauhauhaua...
NEGO ATÉ A MORTE!
NÃO FUI EU!
=P
rs.
Tássia: Realmente, somos imprevissíveis. Suas colocações foram perfeitas.
Letícia: Saber parar é a chave de tudo.
Mayara: Deve me assustar? rsrsrs
Pergunta difícil essa, hein! De modo pensado, certamente não mataria, até porque, torturar é bem mais legal (rs); mas numa situação extrema, acho que seria capaz de tudo na defesa da minha vida ou de um ente amado.
Boa semana.
Olha só que bom, vc achou o meu blog e agora eu ja tenho o seu e adorei!!!
Vou voltar mais vezes, é otimo encontrar pessoas com assunto no meio de tanta falta de assunto!
bjs
Dependendo das circunstâncias não sei dizer quais seriam minhas reações. O sangue sobe prá cabeça... período de TPM... sentimentos acumulados... Tudo é possível!!!!
Sim, concordo que quando estamos com raiva é dificil pensar concretamente, mas ainda assim não é desculpa. O que pode ter feito uma criança como a Isabela, ou como todas as outras para merecer o destino que acabou tendo?
O melhor é sempre esfriar a cabeça, mas claro, isso depende de pessoa para pessoa, e quando se tem indicios de patologia a coisa complica...
Optimo texto, Daniel
Bjs e boa semana