“Baby! Nossa relação acaba-se assim, como um caramelo que chegasse ao fim; na boca vermelha de uma dama louca. Pague meu dinheiro e vista sua roupa” (Zé Ramalho / Garoto de Aluguel).
Toda a vez que digo que já tive caso com prostituta (aliás, foram duas) sempre vem à exclamação: - Eu não acredito! Teve uma época (dos 18 aos 22 anos) que meu lugar preferido era um puteiro. O meu preferido se chamava Playboy. Foi lá que conheci Patricinha; uma loirinha de 1.68 de altura, peitinhos firme e empinados, bunda grande e redonda.
Foi nessa época que pude compreender um pouco da alma feminina. Sim! (...) Pois não há espécie de mulher mais carinhosa (quando consegue-se desvincular-se de você quanto ser objeto monetário e assim, ganhar-lhe confiança) e compreensiva, capaz de gestos magnânimos... São elas que em geral são nossas “psicólogas” quando somos chifrados, esquecidos, espezinhados, brigados ou qualquer coisa do tipo, por nossas “mulheres oficiais”. Fora que muitas carregam histórias de vida sofridas, e a prostituição acaba sendo o único meio de se ganhar a vida (literalmente).
Patricinha é uma Amazonense que há época tinha 21 anos de idade. Oriunda de família paupérrima de Manaus, aos 14 anos foi violentada sexualmente pelo pai. Foi pedi socorro a mãe que acobertou o marido; o resultado disso foi que aos 15 anos, Paty caiu na vida. Antes, ainda tentou trabalho como doméstica, mas nenhuma família em que bateu a porta pedindo batente quis abrigá-la.
Engravidou três vezes, abortando três vezes. Chegou a Roraima através de um “agenciador” conhecido de uma colega de profissão, quando tinha 19 anos. Nos relacionamos por 05 meses, nos vendo apenas aos domingos. De certo que tive de ter o “desprendimento” na questão do “possuir”, todavia, foi dos casos que tive menos complicado e mais bacana.
É evidente que cada caso é um caso. Há mulheres que caem na prostituição, pois vêem nesta profissão a maneira mais fácil de ganhar dinheiro. Vejam: Patricinha, por exemplo, ganhava por programa de R$ 150 a 400,00 reais. Numa noite, poderia faturar mais de R$ 1.000 reais. Há casos famosos como da Bruna Surfistinha (que escreveu um livro – O Doce Veneno do Escorpião – sendo que este virará filme). Filha de família classe média alta, cansada de pedir dinheiro ao pai, saiu de casa aos 17 anos e foi prostituir-se. O mesmo fez Mônica Mattos, que hoje ganha dinheiro fazendo filme pornô (ganhou até Oscar Pornô). Saiu de casa aos 18 e foi fazer a vida.
Essa profissão, tão velha quanto o mundo, ainda provoca polêmica e controvérsias. De autoria do Deputado Federal Fernando Gabeira, há um projeto modificando determinados pontos do Art. 98 que dispõe sobre a exigibilidade de pagamento por serviço de natureza sexual e suprime os arts. 228, 229 e 231 do Código Penal, ou seja, transforma a prostituição em profissão (legalizando-a).
Segundo o Coordenador de doenças sexualmente transmissíveis do Ministério da Saúde Pedro Chequer, os profissionais do sexo devem ter direito de recolher INSS e de receber benefícios previdenciários disponíveis para outros trabalhadores.
A Legalização da prostituição é um passo fundamental a essa gente que independentemente dos motivos que levaram a se prostituir, são pessoas como quaisquer outras, portanto, podem e devem sair da marginalidade, tendo reconhecimento funcional como qualquer outro trabalhador.
Os que são contra a legalização argumentam que seria um “incentivo oficial”, uma forma de fomentar a indústria do sexo, além de fazer com que o tráfico de drogas e armas seja beneficiado indiretamente.
Sou totalmente a favor do projeto e digo mais! A sociedade brasileira traveste de “moralidade e bons costumes”, seus dogmas, preconceitos, estigmas e hipocrisia. Essas mulheres (e homens, sejam Michês ou travestis) estão na vida, pois tem mercado! Pra dá fim a prostituição, deveria dar-se fim aos que pagam, ou seja, homens e mulheres que usam o “favor sexual”.
A legalização controlaria (pois essas coisas nunca terminam) a exploração sexual infantil, o aumento de doenças sexualmente transmissíveis, a agressão físicas, além de proporcionar seguridade social esses profissionais, o que é mais que justo, pois quem trabalha merece sim gozar (literalmente) no final da vida aquilo que produziu.
Cada pessoa é dona de seu próprio nariz, sabedora do mel e do fel de suas escolhas. Os profissionais do sexo sabem que são colocados a margem da sociedade, todavia, essa mesma sociedade é que usa de seus serviços. Esse discurso puritano e hipócrita daqueles que são contra, é nada mais nada menos que o resultado do preconceito sórdido e cruel arraigado, de uma sociedade que insiste em ter direito de apontar dedos, sendo que estes, estão sujos.
Foi nessa época que pude compreender um pouco da alma feminina. Sim! (...) Pois não há espécie de mulher mais carinhosa (quando consegue-se desvincular-se de você quanto ser objeto monetário e assim, ganhar-lhe confiança) e compreensiva, capaz de gestos magnânimos... São elas que em geral são nossas “psicólogas” quando somos chifrados, esquecidos, espezinhados, brigados ou qualquer coisa do tipo, por nossas “mulheres oficiais”. Fora que muitas carregam histórias de vida sofridas, e a prostituição acaba sendo o único meio de se ganhar a vida (literalmente).
Patricinha é uma Amazonense que há época tinha 21 anos de idade. Oriunda de família paupérrima de Manaus, aos 14 anos foi violentada sexualmente pelo pai. Foi pedi socorro a mãe que acobertou o marido; o resultado disso foi que aos 15 anos, Paty caiu na vida. Antes, ainda tentou trabalho como doméstica, mas nenhuma família em que bateu a porta pedindo batente quis abrigá-la.
Engravidou três vezes, abortando três vezes. Chegou a Roraima através de um “agenciador” conhecido de uma colega de profissão, quando tinha 19 anos. Nos relacionamos por 05 meses, nos vendo apenas aos domingos. De certo que tive de ter o “desprendimento” na questão do “possuir”, todavia, foi dos casos que tive menos complicado e mais bacana.
É evidente que cada caso é um caso. Há mulheres que caem na prostituição, pois vêem nesta profissão a maneira mais fácil de ganhar dinheiro. Vejam: Patricinha, por exemplo, ganhava por programa de R$ 150 a 400,00 reais. Numa noite, poderia faturar mais de R$ 1.000 reais. Há casos famosos como da Bruna Surfistinha (que escreveu um livro – O Doce Veneno do Escorpião – sendo que este virará filme). Filha de família classe média alta, cansada de pedir dinheiro ao pai, saiu de casa aos 17 anos e foi prostituir-se. O mesmo fez Mônica Mattos, que hoje ganha dinheiro fazendo filme pornô (ganhou até Oscar Pornô). Saiu de casa aos 18 e foi fazer a vida.
Essa profissão, tão velha quanto o mundo, ainda provoca polêmica e controvérsias. De autoria do Deputado Federal Fernando Gabeira, há um projeto modificando determinados pontos do Art. 98 que dispõe sobre a exigibilidade de pagamento por serviço de natureza sexual e suprime os arts. 228, 229 e 231 do Código Penal, ou seja, transforma a prostituição em profissão (legalizando-a).
Segundo o Coordenador de doenças sexualmente transmissíveis do Ministério da Saúde Pedro Chequer, os profissionais do sexo devem ter direito de recolher INSS e de receber benefícios previdenciários disponíveis para outros trabalhadores.
A Legalização da prostituição é um passo fundamental a essa gente que independentemente dos motivos que levaram a se prostituir, são pessoas como quaisquer outras, portanto, podem e devem sair da marginalidade, tendo reconhecimento funcional como qualquer outro trabalhador.
Os que são contra a legalização argumentam que seria um “incentivo oficial”, uma forma de fomentar a indústria do sexo, além de fazer com que o tráfico de drogas e armas seja beneficiado indiretamente.
Sou totalmente a favor do projeto e digo mais! A sociedade brasileira traveste de “moralidade e bons costumes”, seus dogmas, preconceitos, estigmas e hipocrisia. Essas mulheres (e homens, sejam Michês ou travestis) estão na vida, pois tem mercado! Pra dá fim a prostituição, deveria dar-se fim aos que pagam, ou seja, homens e mulheres que usam o “favor sexual”.
A legalização controlaria (pois essas coisas nunca terminam) a exploração sexual infantil, o aumento de doenças sexualmente transmissíveis, a agressão físicas, além de proporcionar seguridade social esses profissionais, o que é mais que justo, pois quem trabalha merece sim gozar (literalmente) no final da vida aquilo que produziu.
Cada pessoa é dona de seu próprio nariz, sabedora do mel e do fel de suas escolhas. Os profissionais do sexo sabem que são colocados a margem da sociedade, todavia, essa mesma sociedade é que usa de seus serviços. Esse discurso puritano e hipócrita daqueles que são contra, é nada mais nada menos que o resultado do preconceito sórdido e cruel arraigado, de uma sociedade que insiste em ter direito de apontar dedos, sendo que estes, estão sujos.
EXTRA:
Quero agradecer a todos que deixaram mensagens de felicitações de meu aniversário, seja aqui ou no Orkut. Obrigado a todos, de coração!
No Blues na Veia tem Dowland do mais novo álbum do Rei do Blues, BB. King.
No Blues na Veia tem Dowland do mais novo álbum do Rei do Blues, BB. King.
meu querido...e tu tem avisa que passou seu niver ne??
leticia falou ontem e passei despercebida..iara é uma topeira mesmo. :( perdoa iara?
olha, se a pessoa é maior de idade, legal ou nao ela dá pra quem bem entende;
Nossa Daniel, hummm assunto delicado este. Bom, se vai haver a legalização da prostituição.Muitos lutaram para a liberação das drogas, no futuro não será dificil.
Acredito que este não seja um trabalho fácil e nem sempre as prostituras irão se deitar com um Dom Ruan, um Daniel ou um cara compreensivo que esta ali para (muitas vezes) apenas ser ouvido e entendido ou simplesmente em busca de uma noite de prazer. Elas se deitam com homens nojentos que querem trata-las como um objeto de desejo sexual ou lixo. Chegando a fazer coisas terríveis.
No momento sou totalmente contra esta legalização. Isto não é legal. Talvez eu esteja careta ainda, mas não concordo. Este não é um meio legal de se viver cara. já pensou como fica a cabeça de uma garota destas? Td bem há o costume e a adaptação. Mas é fácil transar, pagar, virar as costas e deixar as marcas e feridas dentro de um coração perdido no nada.
Sou contra!
Sei lá... eu sou meio provinciana em relação a essa questão de prostituição. Claro, cada um faz o que quer com o próprio corpo. Mas ainda não me posicionei em relação à legalização da profissão, não.
E Dan, parabéns pelo aniversário!! Felicidade, e Feliz Idade!
Beijos!
Daniel,
Adoro esta música do Zé Ramalho.
Deixa dizer: houve uma época de minha vida em que minha melhor amiga era uma garota de programa. Trabalhava em uma boate da Augusta e até mesmo entrei um dia lá para conhecer, curiosidade mata. rsrs Sai correndo. rsrs
Um dia ela me telefonou dizendo estar na praça da República, sentindo-se tão mal que não conseguiria sequer ir embora.
Fui a buscar de taxi e de lá direto para o pronto socorro. Sífilis. Ela ficou boa, mas não teve coragem de avisar todos seus clientes, pelo que discutimos muito.
Penso que o sexo é um caminho para tocar a alma do ser amado e que jamais deveria ser comercializado ou feito sem amor, mas...
Acho mais honesto este tipo de prostituição às claras do que a velada, quando as damas honestas usam o sexo como moeda de troca para obterem o que desejam: jóias, marido maleável, posição na sociedade, concordância em algum posição na qual ele discorda, etc...
Parabéns pelo post.
Beijos
Oi! concordo com o texto na íntegra. E um dia... te conto meus pecados, combinado? Bjus
Daniel,
Vi o link do blog no A Itinerante e vim conferir. Gostei do post, esse eh realmente um assunto polêmico de difícil aceitação e assim será por muuuito tempo. Mas acho que a legalização eh o melhor caminho para esse profissionais que pagam impostos tanto quanto qualquer um.
Beijão.
Triste fato...
Acho sinceramente que ha formas mais dignas de se ganhar a vida... mas cada qual faz o que pode ou consegue...
Pior que a prostituição,pra mim,é a sociedade que come,mas arrota arrependida...'
E qto a casos com garotas de programa,tenho um amigo que pensa como vc e ainda acrescenta:'o melhor de tudo é que no outro dia elas não estão te ligando e dizendo,amor...".rsrsrs
beijo,obrigada pelo link!
Cá estou com meu discurso "puritano e hipócrita" então, mas, caso tu tenhas lido posts antigos do meu blog, verás que sou totalmente contra a prostituição e, portanto, discordo totalmente do teu ponto de vista, assim como do ponto de vista desses políticos rídiculos que perdem seus tempos com leis estúpidas. Vou explicar o porquê. Primeiro, não me venha com essa de que putas são psicólogas. Já ouviu falar em amigos? Essa é braba heim. Nem me venha com essa de que são mulheres sem oportunidade que cairam na vida por ser a única saída. Isso não existe!!! Elas tem é preguiça de estudar (porque existe ensino público, caso elas não saibam), preguiça de procurar emprego decente que não precisa de curriculo e incapacidade mental de achar que não sabem fazer nada além de transar. Ainda mais com 14 anos quando tem a vida toda pela frente. Também acho rídiculo o governo dar benefícios e direitos para prostitutas. Com tanta criança passando fome, sistema de saúde e educação pública precários, ele ainda quer dar grana pra puta? Profissional do sexo? Ah me poupe! Qualquer idiota faz sexo. Não precisa ser profissional pra isso. Vida fácil, isso sim é que elas levam!!! Se tem uma profissão que não engulo é prostituta. Escrevo muitos contos sobre isso que não divulgo, neles não me posiciono, pois são narrativos, mas nesse momento tenho que discordar de tudo, pois trata-se de ponto de vista. E quer saber, acho que é um incentivo sim, à indútria do sexo, da promiscuidade, do risco à DST's e à traição . Valorizo muito a família pra admitir que mulheres se tornem vulgares a tal ponto de acharem natural que homens casados venham transar com elas. Sei que a culpa não é delas, e sim deles, mas se elas fossem casadas, aposto que o jogo viraria. Sorry Daniel, dessa vez fiquei de cara com teu texto, mas voltarei sempre,pois adoro polêmica!! = ) rsrsrsrs... ufff...desabafei!
Não tô pasma, também gosto de polêmicas e também sou a favor da eutanásia, do aborto e etc. Blogs são pra isso mesmo, pra defendermos nossas verdades. Bjsss
sociedade brasileira traveste de “moralidade e bons costumes”, seus dogmas, preconceitos, estigmas e hipocrisia. [2]
Não acredito na proibição como remediação de nada!
Acho q cada um é dono do seu próprio nariz, e faz o que quer! e se tem relação monetária concerteza deve ser legalizada!
Então!!! hehehe, bjus
envolvendo preconceito, Daniel, o assunto se torna delicado, porque parece que os dois lados tem razão, pois seguem suas crenças e isso é direito de todos..
eu , particulamente, tambem acho que cada um é dono do prorprio nariz e sabe muito bem o que faz com a vida..
baci!
Eu acho justo. Ao menos essa legalização tem meu apoio.