Já bem escreveu Nietzsche em Assim Falava Zaratustra “De tudo quanto se escreve só me agrada o que alguém escreveu com seu sangue. Escreve com sangue e descobrirás que o sangue é espírito. Não é fácil compreender o sangue alheio. Eu detesto todos os ociosos que lêem”.
Recebi um e-mail da Ana Cárita, que é leitora dessa bodega, e o conteúdo do mesmo é resposta ao convite que fiz à mesma para que se juntasse ao Jairo, Valéria e a mim no Blues na Veia. Porém, a mesma anda as voltadas com um projeto pessoal, que impossibilitou pelo menos por enquanto, nossa parceria. Segue abaixo, dois trechos em que discorrerei neste artigo.
Recebi um e-mail da Ana Cárita, que é leitora dessa bodega, e o conteúdo do mesmo é resposta ao convite que fiz à mesma para que se juntasse ao Jairo, Valéria e a mim no Blues na Veia. Porém, a mesma anda as voltadas com um projeto pessoal, que impossibilitou pelo menos por enquanto, nossa parceria. Segue abaixo, dois trechos em que discorrerei neste artigo.
“Em primeiro lugar gostaria de descrever minha satisfação em manter contato com você que é uma pessoa ímpar em sua forma de escrever. Através de suas palavras consigo ver sua verdade, sensibilidade e sinceridade tomando forma em textos críticos, poéticos e inteligentes. Parabéns”.
“Considero o ato de escrever uma forma muito importante de expressão, pois deste modo podemos expor nossos ideais e transparecer pontos de vista através das palavras. Se estas forem compartilhadas através de revistas, blogs dentre inúmeras formas de publicação, estes textos passam a ter maior responsabilidade em todos os aspectos, pois um texto para ser digno de divulgação, deve ser cuidadosamente elaborado”.
Esses dois fragmentos me levam a ponderar sobre o nível e a profundidade do alcance de nossas palavras através dos blogs e de outros meios de comunicação on-line, que afirmo sem medo de errar, já faz parte do convívio e profusão de idéias de milhares e milhares de brasileiros, que escrevem ou lêem esses espaços virtuais. Também, me pego pensando sobre as interpretações dos que lêem até mesmo, os comentários que deixamos nos blogues que visitamos.
Já bem diz o velho deitado Chinês, “cada um tem a sua verdade”; Nietzsche decreta em Além do Bem e do Mau: “minha opinião é minha opinião para mim: não me parece que o outro deva ter facilmente direito a isso”.
Já bem diz o velho deitado Chinês, “cada um tem a sua verdade”; Nietzsche decreta em Além do Bem e do Mau: “minha opinião é minha opinião para mim: não me parece que o outro deva ter facilmente direito a isso”.
Tenho nessas duas passagens, norteadores de minha conduta dentro da blogaria e afins. A primeira versa sobre do DIREITO que cada um deve ter a sua opinião, e essas, devem ser respeitadas pelo outro. O segundo, trata da FORMA que cada um deve praticar esse direito, que nunca será absoluto, uma verdade impermeável e imposta ao outro indivíduo.
Dia desses resolvi publicar um texto que postará aqui e no O Arroto intitulado “O Que as Mulheres Pensam e Porque todo Homem é Igual” numas comunidades de orkut ao qual participo; das quatros que postei, três tiveram boa aceitação e o debate foi até interessante, contudo, numa intitulada “Inteligência Fascina” tive uma surpresa desagradável. Quando voltei lá, tinha meia dúzia de gatos pingados detonando o texto. A questão toda partiu de uma cidadã que disse não ter lido todo, e me chamou de “misógino” (repulsão mórbida do homem às mulheres – logo eu!?), quanto outros, reclamaram do tamanho do texto dizendo que eu resumisse. Quando respondi a cidadã, disse a mesma que lê-se o conteúdo e depois disso, comentasse o texto pois não era nada daquilo que pensava. Teve um dito cujo que afirmou, “nem você leu! Copiou e colou”. (claro que sim, afinal, fui eu que fiz o texto, portanto, sei do conteúdo ali descrito).
Por que estou relatando isso? Simples! Antes, vamos à Ana: “Considero o ato de escrever uma forma muito importante de expressão, pois deste modo podemos expor nossos ideais e transparecer pontos de vista através das palavras” Ela afirmou uma coisa que é verdade... O ato da escrita é hoje a forma mais “responsável” de expor as idéias, pois, os outros meios (TV’s e rádios por exemplo), já perderam a “pureza” das idéias, o ponto de vista dentro de uma forma consciente e de alto nível, que leva o indivíduo a uma análise crítica das coisas. A TV somente importasse com o nível de IBOPE, sem se preocupar com a qualidade de sua programação. As rádios, a mesma coisa! São dominadas pelo “jabaculelé”.
O fato preocupante do acontecido no caso relatado no orkut é o “preconceito ideológico” que sofri. A cidadã nem leu o texto inteiro é taxou-me, me empregado uma denominação de certa forma grave (além do que, a mesma deve ter passado boa parte de seu tempo no papai procurando a palavra), e os demais, mostraram-se infelizes (pra ficar no mínimo) em seus comentários, querendo que diminui-se o tamanho do texto, talvez por comodismo e preguiça (geração BBB?).
O fato preocupante do acontecido no caso relatado no orkut é o “preconceito ideológico” que sofri. A cidadã nem leu o texto inteiro é taxou-me, me empregado uma denominação de certa forma grave (além do que, a mesma deve ter passado boa parte de seu tempo no papai procurando a palavra), e os demais, mostraram-se infelizes (pra ficar no mínimo) em seus comentários, querendo que diminui-se o tamanho do texto, talvez por comodismo e preguiça (geração BBB?).
Outro fato parecido com o do orkut aconteceu em um blog que visito e que muito gosto. Um cidadão também leitor de lá e amigo da dona, me “acusou” de “fazer um laudo antropológico” de um texto que discorria sobre a “compulsão” (digamos assim) que se tem hoje de classificar as pessoas, julgando tudo e todos. Fiz um comentário pertinente ao texto, e quando de minha surpresa, fui obrigado a ficar justificando resposta a um cidadão que nunca tinha trocado uma palavra sequer, e que resumiu essa bodega aos meus textos eróticos (terá o mesmo estudado em colégio de padre?), sendo que em nenhum momento quis agredir ou ofender a blogueira ou quem quer que fosse. (Esses dois casos me fizeram lembrar os trechos da música do Raul Seixas, Metrô Linha 743, que diz: “O prato mais caro do melhor banquete é que se come cabeça de gente que pensa e os canibais que comem cabeça descobrem aqueles que pensam por que quem pensa, pensa melhor parado”).
Os padrões e estereótipos desse atual modelo societário nos tolhem, retira o que de melhor há em nós que é a capacidade crítica de enxergar as coisas (e aí daquele que tenta ser “diferente”). Tá tudo tão virado de avesso... A corrupção já é tratada como algo normal dentro da política; ontem, ao assistir um Jornal fiquei sabendo que o Júri absolveu um dos PM”s que alvejou de forma irresponsável o carro onde estava o menino João Hélio. O resultado foi apertado, mas me perguntei: “o que será considerado homicídio na cabeça daqueles que absolveram os policiais?”É evidente que o cara não saiu de casa pensando em matar o garoto, mas errou, e um erro grave! Poderia ser o filho de qualquer um, inclusive do PM. A criminalidade, violência e impunidade já não espantam mais! Assim como Eloá, João Hélio, o garoto arrastado bairro a fora, a adolescente que foi baleada na cabeça sendo que era a 1ª vez que anda sozinha, o caso Nardoni, os dois irmãos assassinatos e esquartejados por pai e madrasta, enfim... Nada parece mais estarrecer, entristecer... Cadê o coração que bate no peito de cada um de nós? Talvez, seja mais fácil desclassificar alguém em um orkut ou desqualificar um mero comentário em um blog, que atentar para a realidade que nos bate a porta e é cada dia mais cruel!
Por fim, utilizo-me das palavras de Cárita novamente: “Se estas forem compartilhadas através de revistas, blogs dentre inúmeras formas de publicação, estes textos passam a ter maior responsabilidade em todos os aspectos, pois um texto para ser digno de divulgação, deve ser cuidadosamente elaborado”. A responsabilidade que cada um nós tem é infinda, afinal, e porque não dizer, somos sim formadores de opinião! (...) Sejam em crônicas do dia-a-dia, poesia, contos, contos eróticos, novelas blogais, e até mesmo em comentários, há de se levar um bom entretenimento, a fim de que nossas palavras não se percam no vazio, no vácuo do achismo, sempre levando em conta O RESPEITO E O DIREITO A OPINIÃO que muitas vezes é esquecido.
“Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência.
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência.
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara”
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência.
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência.
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara”
(Paciência – Lenine)
Falta tudo neste mundo doido em que vivemos...
Uma ótima semana!
Até
http://sex-appeal.zip.net
http://cara-nova.zip.net
Daniel:
- Tem gente que só tem forma e não tem conteúdo Charlie Brown Jr-.
Já havia discutido em várias ocasiões que a internet ou qq outro meio de comunicação, veio para revolucionar. Porém, considero a escrita um tiro de canhão. Onde todo cuidado é pouco temos que saber atirar no alvo X. Infelizmente a maioria utiliza apenas para seus prazeres mais futeis. As pessoas não se interessam pela boa leitura, não tem bom senso critico (e muito menos entendem o significado disso). E saem por ai a caminho de um futuro ''perdido'' a caminho de algum lugar chamado: Cidade, universo ou mundo perdido''. Onde o que realmente interessa é o consumo! é as revistinhas de fofoca (q dá nojo de olhar a capa com uma bomba nova da vida de um ser humano com fama). O BBB da vida, a estética, a moda, e a conformidade nas notícias do dia a dia onde cada hora é um político que aparece com uma grantia de $$$ desconhecido...Agora quando tentamos abrir a porta e mostrar um outro universo, aquele mundinho especial com ótimos informações e melhores expressões possíveis...Alguns irão se identificar, aplaudir e refletir. Enquanto os espirítos de porco, sem bom senso e culturam, vão julgar uma pérola que eles mal encontraram em suas vidas. Por não quererem enxergar uma verdade alheia: Liberdade de expressão'. tamu junto cara. Sou sua fã e n vamos desistir de informar deste jeito.
Musica p vc: Então se ligue, busque felicidade, pra existir história tem que existir verdade''.
Beijo Dani...
É... escrever nos expõe: ao ridículo, a julgamentos, a aplausos, e por aí vai. Ler quem quer né?
Beijocas!
Ótimo post daniel!
realmente temos mt responsabilidade no que escrevemos... não q eu leve isso a sério na mairia do tempo, mas efim, o q recebemos como resposta é o q está ae plantado na sociedade, nos blogs ainda acho meio raro, mas em comunidades do orkut cara, o q mais vc vê é a predominação do senso comum, enfim... que tenhamos mas sabedoria no que pronunciamos!
amém!
Somente o que se escreve com a alma tem a capacidade de transformar, enriquecer, emocionar e transparecer um coração.
As poesias assim são, bem como as músicas, as artes plásticas e as diversas formas de expressão.
Digulgar algo que está no íntimo dos sentimentos, seja de qual maneira for, é um dom, é uma arte...
Como artistas e poétas que são... nossos escritores formam e transformam opiniões.
Tão especiais eles são que expoem seus segredos, seus mundos e gostam de compartilhar e ouvir quem aprecia tua arte.
Tão sensiveis são, que se por um acaso não conseguirem algo positivo, eles refletem e reveem conceitos.
No entanto no fundo se seus corações eles sabem que mesmo assim conseguem chegar as almas mais conflitantes, e se até desses conseguem retirar algo
o que cabe a nós é aplaudir nossos escritores.
e o que resta às criticas insensiveis é a compreensão de que é tudo o que aquelas pessoas podem oferecer naquele momento, e que se nós podemos oferecer mais... aplausos para nós!
Muito obrigada por me citar em seu blog, como sempre na forma respeitosa e feliz
lembre-se que vocÊ tem o dom de transformar, você nos acrescenta... os que não compreendem estao em outro nível de entendimento
não devemos nos chatear e sim compreender que ainda são pedras brutas...
abraços de admiração
Ana Cárita