Teve dias que eu te amei, e imaginava.
Tua figura adentrando minha casa.
Como quem reverencia um ser divino,
Colocava-me aos teus pés,
E pedia, resignado, suplico,
Que não me deixasse nunca!
Teve dias que eu te odiei, e imaginava.
Tua figura vindo em minha direção,
E eu louco, como que possuído por um ser maligno,
Com requintes de crueldade, te matava.
Teve dias em que somente te ignorei.
Não mais te pensava,
Esqueci por completo você.
Como quem chupa o suco da laranja e joga fora o bagaço,
Como quem descarta um móvel que não mais tem precisão,
Feito um excremento privada abaixo.
Teve dias que enlouqueci.
Andava sem rumo em meio a casa
Sem prumo,
Sem norte,
Desatinei.
Fala sozinho,
Gritava,
Xingava,
Batia...
Xingava,
Batia...
Te amei...
Odiei...
Ignorei...
Enlouqueci...
Mas sempre, em todas as situações,
Uma pergunta chata,
Renitente,
Martelava em minha cabeça:
- O que ela quer de mim?
- O que ela quer?
- O que ela?
- O que?
- Quer?
Muito bom, perguntas, porque será que estamos sempre querendo respostas, ao invés disso poderíamos apenas aproveitar o que a vida nos aferece.
Também gostei muito do post anterior, o poeta que mora em você é muito intenso.
Boa semana, beijos
Olá! Você chegou a ler o comentário que deixei no seu post sobre o Batman? http://so-pensando.blogspot.com/2008/09/mitologia-dos-desenhos-animados-batman.html
Desde então, quando voltei aqui você mudou o layout deste blog, e achei que tinham sumidos links para comentários, que você não queria que comentássemos mais... Só há pouco tempo, por acaso, percebi o "balãozinho" no topo do post (lugar incomum para se deixar um link para comentar o post lido, que geralmente este "convite" costuma vir após a leitura).
Em todo caso, deixo o mesmo comentário novamente, a seguir.
1) Você define Batman como "Um Super Herói sem poderes especiais, que usa sua inteligência, astúcia e o cinto de utilidades para combater os maus feitores"... Na verdade, ".. que usa sua imensa FORTUNA herdada!!!!" rsrs pois do contrário não ia poder fazer nada daquilo!!! rsrs
2) Também gostei do filme, muito coerente e numa seqüência perfeita com o anterior (Batman Begins). Mas achei muito extenso: tive a impressão que poderia ter sido dividido em duas partes. Depois da fuga do Coringa e morte da mocinha e antes do "surgimento" do DuasCaras, isto poderia ser outro filme... a gente já tá cansado de tanta ação a essa altura.
3) O Charada, citado no seu texto, não aparece nesse filme (Batman Cavaleiro das Trevas). O outro vilão que reaparece é o Espantalho.
4) Sim, concordo que o Coringa foi magistralmente bem trabalhado, e é uma pena que o ator morreu logo após o filme... era certo que o Coringa voltaria no próximo filme, mas não agora terá a mesma performance com outro ator que, ou seria uma imitação tosca do personagem recriado por Heath Ledger, ou teria um acesso de excesso de ego e tentaria impor sua interpretação própria mudando assim o Coringa de antes. Assim, acho que, infelizmente, esse Coringa durou um filme só, como no primeiro Batman O Filme, em que desastradamente mataram o Coringa no fim.
5) Mesmo super bem interpretado, este Coringa teve sua origem deturpada (na verdade não esclarecida, mas certamente sem a menor participação do Batman para lhe atribuir a culpa e sua razão de existir, como o é nos quadrinhos - coisa que o primeiro Batman contou muito bem)
6) É, parece que Cristian Bale "incorporou o personagem" realmente, a ponto de continuar a espancadaria que fez no Coringa no filme, para a vida real e bater na mãe e irmã... algumas más línguas andam chamando o ator de "BateMais" ou de "BateMãe" rsrs
7) E sobre a mensagem desse "novo" Batman desses dois filmes, acho que está muito clara no primeiro filme, que fala o tempo todo do MEDO, como o medo nos domina, como vivemos em função dele, como procuramos superá-lo e devemos fazer para usá-lo a nosso favor. E por isto, esse Coringa se mostrou um adversário temerário: ele não tinha medo!!
A propósito, sobre o poema deste seu post "Teve dias", acho que a primeira frase traz a resposta para todas as perguntas finais, bem como explicaria todos os outros comportamentos: imaginação!
A imaginação é capaz de tudo! De provocar e mexer com os sentimentos, causar medos, encorajar enfrentamentos heróicos, enlouquecer, responder questões inexistentes como também levantar eternas perguntas sem respostas.
A paixão adentra à existência
com a voracidade de um ferro envolto em brasas;
Estigmatiza assim a alma.
As chagas tatoadas habitam a mente e inebriam sentidos
Enlouquecemos em desejo;
Brindamos a presença;
sucumbimos ao panico do fim;
Questionamo-nos sobre o que está realmente acotencendo;
Imploramos um pouco mais
Talvez para que fique por toda a vida
Ana Cárita
Eu estava lendo e pensando... mas eu já vi isso antes... E não é que é repostagem? kkkkkkkkkkkkk
Muito bom.
bjs.
PS: Eu às vezes acho que não existo e que meu blog, com certeza, vai se extinguir.
Quantos sentimentos, ora bons, outrora ruins, enfim a paixão é assim! Intenso, excitante e perigo!
Boa semana.
Beijo
perigoso*
Ah paixão!...
Belas palavras Dan.
As vezes as perguntas não calam.
As vezes elas não terão respostas.
Muitas respostas só nós podemos responder.
Um poema inquietante.
abraços
Gostei do poema =)
Beijo e boa semana
Quando sentimos o coração pulsar em forma de paixão, perguntamos (pelo menos eu) o tempo todo. O que queres de mim. Normal. Confusão de sentimentos...
Mas amor é algo tranquilo e bom. Não dói. Acredito nisto até o fim..
Bj