LIBERDADE E VULGARIDADE

Posted by : DANIEL MORAES | 03 julho, 2008 | Published in

LIBERDADE: Condição de uma pessoa poder dispor de si. Poder de fazer ou deixar de fazer alguma coisa.

VALGARIDADE: Tornar vulgar ou notório; fazer comum, abandalhar-se.


Semana passada, após chegar em casa meio tarde, zapeando a TV um programa me chama a atenção; O Fala que eu te escuto, programa da Igreja Universal que passa na Record do bispo Macedo (nem tem dinheiro, por quê será?) estava debatendo um assunto que achei interessante. O título era: Liberdade ou Vulgaridade Feminina.

O programa questionava a atitude das mulheres hoje em dia. Após a década de 60/70, de Sexo, Drogas e Rock Hol, e as chamadas revoluções sexuais e femininas, a mulher está ganhando sua condição de igualdade perante nós homens. Hoje a mulher estuda, trabalha, tem uma vida social intensa, se relaciona da forma como quiser, enfim, tem seu espaço consolidado e é mais que justo. Porém, (e era esse o questionamento do programa) será que muitas mulheres não confundem liberdade com vulgaridade?

A Iara escreveu esse texto intitulado “Mulher Pra Ficar e Mulher Pra casar” com base num determinado trecho desse texto em que afirmo que acho que existam essas “duas qualificações de mulheres”. Mas, uma pergunta que faço a Iara e a todas as mulheres que lerem esse texto: - Não existem também essas duas qualificações de homem? Ou seja, não há aquele em que podem ter um relacionamento sério, e outros que “só servem para a satisfação sexual”?

Mas vamos por partes como faria o Jack. Um dia desses, fui ver o que a Tássia andava escrevendo, e eis que me deparo que esse post: Quando eles se amam, mas nós não amamos eles. Ela diz que não gosta de homens cafajestes, mas confessa que já teve sua fase de ficar com “cafas”, mas foi só pra ficar. Ouviram, no caso leram: FICAR.

Hoje em dia, OS DOIS SEXOS têm a LIBERDADE de FICAR, NAMORAR OU CASAR com quem quiser. Com disse a Lugirão, “Toda mulher é para casar, depende do tipo de parceira que cada um quer para sua vida”; acho que essa frase cabe aos dois sexos.

Acredito que os relacionamentos humanos se vulgarizaram. Não vejo distinção nenhuma entre os sexos, no que tange esse tema. Ambos os lados reclamam que “estão sendo usados”. Tanto homem quanto mulher desejam ter parceiros com desempenho sexual interessante. E os dois lados rotulam-se. Tenho a felicidade de aqui em Roraima, ter um séqüito de amigas tão caras-de-pau quanto eu; uma delas, a Aline, um dia me disse: “magrelo, esse papo de que tamanho não é documento é pura bucha! Tamanho conta demais, pois quanto maior o preenchimento mais prazer dá”.

Logo quando eu vi a reportagem do Fala que eu te escuto, fui conversar com ela sobre o assunto, e a mesma concordo comigo. Vejam bem (já diria o sapo barbudo), nós julgamos um livro pela capa sim! E como bem disse a Paula, “julgamos muito sim. Julgamos tudo aquilo que nos ofusca, que nos confunde, porque nunca aceitamos o fato do desconhecido, por mais que sejamos flexíveis à ele.Julgamos para termos um critério, para manter o assunto, para garantir que estamos diante de um acontecimento, do qual queremos e precisamos fazer parte.Julgamos porque somos julgados, mas omitimos esse fato, não queremos isso.O Ser humano é estranho. Sempre foi. Precisamos ser. Precisamos render nossa convivência, é uma forma de nos sentirmos mais valorizados”

Desse comentário, uma parte em especial me chama a atenção “Julgamos porque somos julgados, mas omitimos esse fato, não queremos isso”; desculpem-me mulheres, mas eu duvido que vocês não tenham “um tipo de critério avaliativo masculino”.

A Aline é um exemplo disse. Ela adotou “o padrão “A” de qualidade”, que consiste em uma das coisas, ser bonito; segundo ela “tem de ser homem de dar inveja as amigas”, pois “homem feio não rende comentários”. Outro quesito é o tamanho do documento... Vejam aí, que há classificação por parte dela, e assim como ela, há muitas com esse critérios, um tanto vazios (e eu já comentei isso à ela), um tanto cafajestes (num post desses por aí, falei que a mulher anda tendo uma visão masculinizada).

Nós vivemos numa sociedade de padrões. Não há como fugir dos rótulos, e cada pessoa é vista de acordo com aquilo que aparenta ser (a primeira impressão é a que fica). Nenhum homem, por mais cavalheiro que possa ser, levará a sério uma mulher que se veste com uma mine saia a dois dedos da “área de lazer”. Assim como uma mulher, jamais se envolverá com um cara com fama de cafajeste.

Por que no texto do Lances da Vida, eu chamei a cidadã em que pré-julguei de “esquema”. Aqui em Boa Vista, acontece algo que eu chamo de “prostituição social”. Mulheres (e aí independe da classe social) vão pras festas (Forró) só com o dinheiro da entrada, e ficam com os caras que bancam a noitada delas (e os caras já vão pros locais sabendo que encontraram “um esquema” lá), e dão uma fodazinha “como recompensa”, transformando-se num mero objeto. Pergunto: - esse tipo de mulher é pra ser levada a sério? Outra pergunta: Você mulher, levaria um cara desses a sério?

Hoje, há a liberdade de se viver tudo aquilo que se quer, até mesmo de ser vulgar, todavia, numa sociedade altamente classificável feito a nossa, em que nada fica em pune, é meio hipocrisia dizer que não há classificação masculina por parte das mulheres.

Não estou aqui bancando o moralista ou machista, muito pelo contrário, acredito que a mulher deve ter todas as premissas que nós homens temos, porém, independentemente do sexo, uma pessoa deve se dar o respeito para ter respeito. O tratamento é outro quando é uma mulher que sabe se portar. Uma mulher para ser fatal, não precisa dar as cruzadas de perna da Cheron Stonne no Instinto Selvagem; não precisa ser vulgar pra ser gostosa. Assim como acho que um homem pode ser sedutor sem ser cafajeste, é tudo uma questão de postura. Um comentário no blog da Iara me chamou a atenção: “Iara querida, enquanto existirem marias-gasolina, marias-chuteira e outras demais marias desse naipe sempre vão existir mulheres para ficar e mulheres para casar. É duro, mas é a realidade. Ainda existe muita gente por aí que não se dá ao respeito e isso vale tanto para homens quanto para mulheres”. (Marício Souza). Preciso comentar o comentário dele?

EXTRA:

Qual será a minha classificação?

Desculpem-me torcedores dos outros times cariocas, mas o Flamengo é o melhor do Rio. Como é que o Fluminense me perde um jogo daquele? Fiz-me essa mesma pergunta quando o Botafogo perdeu pro Corinthians.

Bom final de semana a todos

NO VÍDEO: Engenheiros do Hawaí – O Papa é Pop.



Por: Daniel Moraes.

(0) Comments