SÓ PENSANDO

"Mas o Brasil vai ficar rico!, vamos faturar um milhão / Quando vendermos todas as almas, dos nossos índios num leilão!" (Que País é Esse? - Legião Urbana).

E como sempre, o Basil vai bem! Mal sabe o Presidente dessa República sem problemas, em pleno desenvolvimento, que a questão indígenas aqui em Roraima é muito mais grave do que ele imagina. Aliás, ele deve saber sim! Afinal, foi instruído pelo G-8 e o vaticano a homologar a Reserva Indígena Raposa e Serra do Sol, a fim de começar a Internacionalização da Amazônia. Lenda Urbana, Teoria da Conspiração? Não! É muito mais real do que vocês possam imaginar. Mas vamos por partes, como Jack faria.

A Reserva:

Em 15 de abril de 2005, o Presidente do Basil homologou a reserva Raposa e Serra do Sol, um latifúndio com mais de 1,743 milhão de hectares reivindicado há décadas pelas etnias indígenas Macuxi (a qual descendo), Uapixana, Ingaricó e Taurepangues, também ocupado efetivamente por não-índios há muitos anos, sendo estes, rizicultores que ocupam a área desde os anos 80, fora descendentes da à época de Marechal Rodon.

Os municípios que estão sendo prejudicados (muitos sendo quase extintos, ferindo o Pacto Federativo) são: Pacaraima (fronteira com a Venezuela), Normandia (fronteira com a Guiana) e Surumu (local onde minha velha nasceu).

Roraima tem pouco mais de 400 mil habitantes, a maioria dos quais descendentes das etnias indígenas que vivem na região desde tempos imemoriais. Ao longo das últimas décadas, com pressão da Igreja Católica e de ONGs como a Survival International e The Nature Conservancy, a Funai conseguiu demarcar 46% do território do estado como terra indígena.

Roraima, desde 1992, no governo Fernando Collor, tem o maior território indígena do Brasil - a reserva Ianomâmi, com 9,4 milhões de hectares, uma área maior do que a Bélgica - na fronteira do Brasil com a Venezuela. A demarcação da área Ianomâmi foi feita às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92).

A situação Atual:

O Presidente dessa República sem desigualdade social, afirma que não abre mão da reserva em área contínua. Aí você me pergunta: “O que significa isso mentecapto?” Eu respondo. Reserva Contínua é a faixa de terra em que O TODO é demarcado, ou seja, as comunidades locais como, a faixa agricultável de Pacaraima é destina aos Índios, e só restando aos moradores “brancos” dos locais, independentemente do tempo em que estejam no local, receber uma “esmola” do Governo Federal pela benfeitoria das Terras e mesmo assim, muitos foram expulsos dos seus locais sem receber R$ 1,00 por ela.
O que o Governo do Estado de Roraima e todo o Estado quer? Simples! Que o Presidente do Basil revogue (o que o STF faça isso) o decreto em área contínua e faça a demarcação em Ilha. E o que isso quer dizer? Que os municípios, as terras dos rizicultores e as RR e BR sejam excluídas da área demarca, e isso corresponde a cerca de apenas e tão somente 1% do total demarcado. Por que a União não faz isso?

Igreja Católica

Há nas mãos de muitos políticos de Roraima (inclusive, o Senador Mozarildo Cavalcante deu em mãos do Lula) uma Carta do qual a CNBB se compromete (e eu já li, pena que a tenha perdido, pois a postaria aqui) a insuflar os indígenas do Norte deste País contra os brancos, pois segundo a carta, o Brasil não tem condições de cuidar da Amazônia e tão pouco dos indígenas, sendo que a Amazônia, tem de ser controlada pelo G-8.

E a influência dos padres sobre os índios “curiosamente” se deu, a partir de 1992, com a nomeação do Bispo Dom Audo Mogiano, Italiano, radicado no Brasil, que viveu aqui até 2000, ano de sua morte. A atuação do catolicismo nas áreas indígenas mais que dobrou em sua gestão, e mais – as ONG’S estrangeiras proliferam.

ONG’S

Com a demarcação da reserva Ianomâmi e 1992 pelo então Presidente Collor, houve uma “enchente” de ONG’S estrangeiras no Norte, principalmente em Roraima. A Survival International e The Nature Conservancy são as principais Organizações em território Roraimense. “Curiosamente”, são compostas por Antropólogos, Geólogos, Médicos, Historiadores, biólogos e até mesmo, minerados. Tem livre acesso aos índios, sendo que muitos, já fizeram queixas a Polícia Federal de “roubo de sangue” por parte de alguns médicos das ONG’S.

A reserva de São Marcos, por exemplo, (município de Rorainópolis) os índios, instruídos pelos integrantes da Survival, fecham (é isso mesmo!) o tráfego da BR 174 que liga Manaus, Roraima e Venezuela, as 18:00 horas, só abrindo as 6:00 horas do outro dia. Muitos moradores do local, afirmam que há atividade de mineração por parte dos estrangeiros.

Exército:

O Exército Brasileiro é contrário à demarcação em área contínua. Em 2005, mandou ao Congresso Nacional, laudos antropólogos e estudos aos quais, recomenda não só a demarcação por ilhas, como a criação de brigadas nas áreas fronteirarias.

Congresso Nacional:

Em janeiro de 2005, foi criada uma CPI para investigar as atuações das ONG’S no Brasil, especialmente no Norte. A Comissão apresentou relatório ao qual apresentava uma série de irregularidades, inclusive, na Survival International e The Nature Conservancy, como desvio de dinheiro público, corrupção ativa, etc. O relatório foi arquivado.

A Situação II

Há uma clima de Guerra Civil. Os arrozeiros, donos de 30% do PIB do Estado, afirmam categoricamente que não saíram de suas terras. Há, apesar de não confirmado, pistoleiros nas áreas a fim de “proteger as terras”. A PF, através do responsável pela operação O Patacon III, também afirmou que é a “missão deles” tirar os “intrusos” da Raposa Serra do Sol; que os agricultores e demais “com certeza sairão do local”.

O que se espera do STF é uma decisão de demarcação por Ilhas. Se o Supremo mantiver a decisão do Presidente do Basil, haverá derramamento de sangue sim! Tanto agricultores e donos de pequenos lotes, índios a favor e contra e PF e estão armados até os dentes e pronto pro quê tiver que acontecer.

Segregação Racial.

O que o povo de Roraima, seja índios e brancos em sua maioria querem é que prevaleça o bom censo. Caso o Governo Federal vença a queda de braço, haverá uma segregação social sem precedentes aqui. Há índios com nível superior, vereador e até mesmo, Prefeito de Municípios. Existem dois lados indígenas dessa história – CIR (Conselho Indigenista de Roraima), que é a favor da demarcação contínua e a SODIUR (não me lembro da designação agora) a favor da demarcação por ilhas. Boa parte do povo indígena quer a demarcação por ilha e a permanência dos rizicultores na área, mas a União, através da FUNAI, dissemina a mentiram, alegando que é o inverso.

Muitas famílias aos quais, são constituídas de índios e brancos já foram avisadas que os brancos terão de sair do local, e mais – a Raposa Serra do Sol, se mantida a decisão em Contínua, terá o mesmo fim da Ianomamim – índios morrendo de malária e vivendo na miséria, pois a União não tem uma política de fomento indígena. Apenas demarca as áreas, e abandonam os índios a própria sorte.

Posição do Brasil

A Amazônia é do Brasil! Não apenas do amazônida, mas de todos. Por favor, quem ler este texto, peço humildemente que se intere mais sobre o assunto, e até mesmo, se achar que vale a pena, escreva um post sobre o que você acha. Defenda o Brasil, pois Roraima é patrimônio do Brasil, e a Internacionalização não é lenda urbana, é real! Vamos juntos, defender o que é nosso! A Amazônia e toda a sua riqueza é minha, sua, é nossa!

FORA ONG’S ESTRANGEIRAS!
ABAIXO HOMOLOGAÇÃO POR ÁREA CONTÍNUA!
VIVA AO BRASIL!
VIVA AO ÍNDIO BRASILEIRO!
VIVA A RORAIMA!
VIVA AO BRASIL!

“OU FICAR A PÁTRIA LIVRE,
OU MORRER PELO BRASIL”


Extra:

Reportagens sobre a demarcação da Raposa e Serra do Sol

Demarcação Contínua não é inusitada

Roraima se Prepara para a Batalha da Reserva

Pleno da OAB discute na terça a questão indígena em Roraima

Terra do Índio: Tendência é manter demarcação da Reserva

Quartieiro é recebido com festa após prisão

Boa semana a todos.

Por: Daniel Moraes.