ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

Posted by : DANIEL MORAES | 04 agosto, 2008 | Published in

De todos os filmes que estão por aí em Cartaz, o que estou esperando é o Ensaio Sobre a Cegueira, tirado do livro do Português José de Saramago.

Cegueira abriu o Festival de Canes e possui em seu elenco pesos pesados como Julianne Moore, Danny Glover, Alice Braga além de ser dirigido pelo brasileiro Fernando Meireles.

O filme aborda a emergência de uma inédita praga de uma repentina cegueira abatendo uma cidade não identificada, inexplicável e incurável. Tal "cegueira branca" — assim nomeada, pois as pessoas infectadas percebem em seus olhos nada mais que uma superfície leitosa — manifesta-se primeiramente em um homem sentado no trânsito e, lentamente, se espalha pelo país. Aos poucos, todos acabam cegos e reduzidos, pela obscuridade, a meros seres lutando por seus instintos. À medida que os afectados pela epidemia são colocados em quarentena, em condições desumanas, e os serviços estatais começam a falhar, a trama segue a mulher de um médico, a única pessoa que não é afectada pela doença que cega todos os outros.
Ensaio sobre a Cegueira nos mostra o desmoronar completo da sociedade que, por causa da cegueira, perde tudo aquilo que considera como civilização e, (tal como em A Peste, de Albert Camus) mais que comentar as facetas básicas da natureza humana à medida que elas emergem numa crise de epidemia, Ensaio sobre a cegueira mostra a profunda humanidade dos que são obrigados a confiar uns nos outros quando os seus sentidos físicos os deixam. O brilho branco da cegueira ilumina as percepções das personagens principais, e a história torna-se não só um registro da sobrevivência física das multidões cegas, mas também das suas vidas espirituais e da dignidade que tentam manter. Mais do que olhar, importa reparar no outro. Só dessa forma o homem se humaniza novamente.
Extra:

Fui “obrigado” a me afastar da blogoesfera semana passada por causa de uma dengue que não só eu, mas minha mãe também contraiu. Passamos essa dita semana na casa de uma tia minha, nos recuperando. Olha, nenhuma doença é legal mais nõa há nada mais torturador que a dengue! Espero nunca maus ficar doente disso de novo.
Se não bastasse a dengue, agora tenho que ouvir alguns amigos meus dizendo: “urubu paraguaio”. Alegria de pobre e flamenguista dura pouco mesmo

Texto da Carol aí em baixo.

NO VÍDEO: Zélia Duncam - Saúde



Por: Daniel Moraes.

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